Nanã, a senhora dos mistérios e da transmutação.
Sincretizada a Santa Ana, avó de Jesus Cristo, é um dos Orixás menos conhecidos e evocados na Umbanda, apesar que nossos irmãos africanos, do Jeje, antigo Daomé, a consideram como a divindade suprema, tanto quanto exaltamos Oxalá na nossa religião.
A sua imagem representa a avó, ou seja, uma pessoa idosa e por isso a energia que envolve este orixá feminino é um conjunto composto pela sabedoria, disciplina e rigidez.
Nanã é tão rígida que poucos são os seus filhos, ou melhor, filhas (Nanã nunca será orixá de frente de um homem).
Tratada com muito respeito pelos umbandistas que se espelham nas atitudes de todos os orixás que a respeitam como a grande mãe, apesar de que consta ser mãe apenas dos orixás Omulu, Oxumaré e Iroko.
Sendo a mais antiga das divindades das águas, ela representa a ancestralidade e por isto está ligada ao Karma (conjunto de deméritos de outras vidas) e para ela são dedicados trabalhos para os ancestrais ou para transmutar energias quando estamos diante de situações turbulentas.
Intimamente ligada à morte, poucos entendem o seu real papel na espiritualidade: ela representa a real possibilidade de renascimento, da existência da vida após a passagem e da reencarnação.
Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte. Entender Nana é compreender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a Terra, pois Nana é a vida recomeçando.
Respeitada e temida, Nana, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos.
Sua cor é o Roxo (transmutação). Nos trabalhos são usadas velas roxas, flores brancas ou roxas. Seu dia é comemorado em 26 de Julho.
Sua saudação: Saluba Nanã