Yemanjá......sincretizada em alguns locais como Nossa Senhora das Candeias,Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes.....orixá feminino....

A grande Mãe dos mares, senhora dos oceanos, Yemanjá é a rainha das águas salgadas.

A palavra Yemanjá significa "mãe cujos filhos são peixes".

Na umbanda é aquela que atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar,  criando raízes e dependência,  proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam e proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe.

Ela é considerada mãe de todos nós pois segura a cabeça dos bebês no momento de nascimento e entrega para dois orixás cuidarem: um orixá masculino e um feminino. Regente dos lares e protetora da família, ela traz aos homens oportunidades de crescimento em todos os sentidos da vida, estimula a geração de vidas, de idéias, de amor, etc. É o principio de tudo.

Simboliza a maternidade, o amparo materno, pois é a Mãe da Vida.

Suas cores são o branco cristalino, prata ou azul claro

As entidades que mais representam Yemanjá na umbanda são os marinheiros. Outras entidades que trabalham com "cura" também estão intimamente ligadas à Yemanjá por serem grandes manipuladores  da água, o elemento da vida e, com isso, auxiliam na regeneração de tecidos e na  recuperação da vitalidade de cada órgão.

Data comemorativa: 02 de fevereiro

Dia da semana: sábado

Elemento: Água

Vela: Azul clara

Guia: de porcelana azul clara

Bebida: champanhe branca

Comida: Manjar, melão, acaçá, leite de coco, camarão, arroz, e mamão

Quizilas (o que desagrada o orixá) : Banana-figo, carne de pato, Peixe sem escamas, usar cabelo curto, inhame

Saúde: não podem ficar expostos à poeira, pois tendem a desenvolver problemas respiratórios.

Símbolos: Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro

Saudação: Odôcyaba!   Odôyabá!   Odó Iyá!   Odoyá Omi Ô!

Característica dos filhos de Yemanjá:

As filhas (e filhos) de Yemanjá possuem como características básicas a força e a determinação, assim como o sentido da amizade e do companheirismo, são pessoas presas ao arquético da mãe, cuidando da família e dos filhos com muito amor; são doces, carinhosas, tradicionais, pouco rígidas, envolventes sentimentalmente e com grande capacidade de tentar ajudar a resolver problemas e sentimentos dos outros, não gostam de mudanças e apreciam a rotina do cotidiano, são muito protetoras, possuem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais.Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias.

São pessoas que não gostam de viver sozinhas e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.

Mas como todos os orixás, Yemanjá também tem seu lado “negativo”: seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar consertar a vida dos que o cercam, são controladores, capazes de fazer chantagens emocionais e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém e quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu círculo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos. Um filho de Iemanjá pode tornar-se controlador e rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

Obs.Não podemos esquecer dos orixás juntós (ou ajuntós), que irão alterar um pouco estas características.

Lenda africana sobre Yemanjá

Na Mitologia iorubá conta que Yemanjá,  cansada da vida que levava em Ifé, fugiu para Abeokutá, na direção do entardecer da terra, onde vivia Okerê, rei de Xaki. Ela continuava bonita, apesar de ser mãe de muitos filhos, e Okerê desejou-a e propôs-lhe casamento. Yemanjá aceitou, impondo uma condição: que o rei jamais zombasse de seus seios imensos. Um dia, porém, Okerê bebeu vinho de palma em excesso e a molestou. Yemanjá chamou-o de bêbado imprestável e Okerê chutou-lhe os seios e zombou deles. Ela começou a chorar. Chorou tanto que de seus olhos desceram águas tumultuadas que a tudo tragaram: casa, marido, filhos, animais, a cidade inteira. Ninguém se salvou das ondas geradas pelo pranto de revolta de Yemanjá. Desde então ela vive no fundo do mar, longe dos homens, reinando sozinha em seu império de conchas e peixes.

Que esta grandiosa Mãe possa amparar você e a sua família

Muito axé

Babá Simone